Clonazepam comprimido

R$70,00

Clonazepam comprimido está indicado isoladamente ou como adjuvante no tratamento das crises epilépticas mioclônicas, acinéticas, ausências típicas (pequeno mal), ausências atípicas (síndrome de Lennox-Gastaut).

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Descrição

Clonazepam: Indicações, Modo de Uso, Efeitos Adversos e Cuidados Essenciais

O Clonazepam é um benzodiazepínico amplamente utilizado tanto em adultos quanto em crianças, atuando como anticonvulsivante (para distúrbios epilépticos) e ansiolítico (para transtornos de ansiedade, como pânico e fobias). Este medicamento age potencializando a ação do neurotransmissor GABA, o que diminui a atividade neuronal e promove efeitos como sedação, relaxamento muscular e controle das crises epilépticas. A seguir, entenda em detalhes suas principais indicações, contraindicações, posologia e eventuais efeitos adversos.


1. Indicações Principais

1.1 Distúrbios Epilépticos (Adultos e Pediátricos)

  • Crises mioclônicas, acinéticas, ausências típicas (pequeno mal) e ausências atípicas (síndrome de Lennox-Gastaut).
  • Segunda linha em espasmos infantis (Síndrome de West).
  • Terceira linha em crises epilépticas clônicas (grande mal), parciais simples, complexas e tônico-clônicas generalizadas secundárias.

1.2 Transtornos de Ansiedade (Adultos)

  • Ansiedade em geral (ansiolítico).
  • Distúrbio do pânico (com ou sem agorafobia).
  • Fobia social.

1.3 Transtornos do Humor (Adultos)

  • Transtorno afetivo bipolar (tratamento da mania).
  • Depressão maior (como adjuvante de antidepressivos, principalmente em quadros ansiosos ou fases iniciais).

1.4 Síndromes Psicóticas (Adultos)

  • Acatisia (sensação de inquietude motora).
  • Síndrome das pernas inquietas e movimentos periódicos das pernas durante o sono.

1.5 Distúrbios do Equilíbrio e Vertigem

  • Vertigem e sintomas relacionados (náuseas, vômitos, zumbido, hipoacusia, hipersensibilidade a sons).
  • Síndrome da boca ardente (off-label).

2. Contraindicações

  • Hipersensibilidade ao Clonazepam ou a qualquer componente da fórmula.
  • Insuficiência respiratória grave.
  • Comprometimento hepático grave (risco de encefalopatia hepática).
  • Apneia do sono (quando usado para tratar transtornos do pânico).
  • Glaucoma de ângulo fechado (exceto quando sob tratamento específico para ângulo aberto).
  • Histórico médico de dependência grave de drogas / álcool (use com extrema cautela).

3. Formas Farmacêuticas e Como Tomar

  1. Comprimidos orais: Engolir com líquido não alcoólico.
  2. Comprimidos sublinguais: Colocar sob a língua, sem mastigar ou engolir, deixando dissolver por pelo menos 3 minutos.
  3. Solução oral (gotas): Diluir em líquido não alcoólico; não pingar diretamente na boca.

Obs.: Nunca interromper bruscamente o tratamento, pois pode haver efeitos de abstinência (retirada gradual é essencial).

3.1 Dose Geral

  • A posologia varia de acordo com a indicação, tolerância e idade do paciente.
  • Doses iniciais baixas, aumentando gradualmente para minimizar efeitos adversos.
  • A duração do efeito costuma ser de 6 a 8 horas em crianças e 8 a 12 horas em adultos.

3.1.1 Distúrbios Epilépticos

  • Adultos: Dose inicial de 1,5 mg/dia (dividida em 3 tomadas), podendo aumentar em 0,5 a 1 mg a cada 3 dias, conforme tolerância. Dose máxima: 20 mg/dia.
  • Crianças até 10 anos (ou < 30 kg): 0,01 a 0,05 mg/kg/dia, dividida em 2 a 3 tomadas, aumentando 0,25 a 0,5 mg a cada 3 dias. Manutenção: 0,1 a 0,2 mg/kg.
  • Crianças de 10 a 16 anos: Inicia-se com 1 a 1,5 mg/dia (2 a 3 doses), podendo aumentar 0,25 a 0,5 mg a cada 3 dias, até 3 a 6 mg/dia.

3.1.2 Transtornos de Ansiedade (Distúrbio do Pânico)

  • Adultos: Iniciar com 0,5 mg/dia (2 tomadas), podendo aumentar 0,25 a 0,5 mg a cada 3 dias. Faixa comum de manutenção: 1 a 2 mg/dia (máximo 4 mg/dia).
  • Crises agudas de pânico: 1 comprimido sublingual (permanecer sob a língua ~3 minutos).

3.1.3 Outras Indicações em Adultos

  • Fobia social: 0,25 mg/dia a 6 mg/dia (geralmente 1-2,5 mg/dia).
  • Transtorno afetivo bipolar (mania): 1,5 a 8 mg/dia (geralmente 2-4 mg/dia).
  • Depressão maior (adjuvante): 0,5 a 6 mg/dia (geralmente 2-4 mg/dia).
  • Acatisia: 0,5 a 4,5 mg/dia (geralmente 0,5-3 mg/dia).
  • Síndrome das pernas inquietas: 0,5 a 2 mg/dia (hora de deitar).
  • Vertigem: 0,5 a 1 mg/dia (2 vezes ao dia). Doses >1 mg podem piorar a vertigem.
  • Síndrome da boca ardente: 0,25 a 6 mg/dia (geralmente 1-2 mg/dia).

Uso em idosos: Usar a menor dose possível, devido ao maior risco de sedação, quedas e efeitos adversos.


4. Principais Efeitos Adversos

  1. Depressão do SNC: Sonolência, fadiga, tontura, coordenação prejudicada (ataxia), lentidão de reações.
  2. Alterações comportamentais: Irritabilidade, agitação, agressividade, confusão, em casos raros, reações paradoxais (ex.: insônia em vez de sedação).
  3. Efeitos respiratórios: Em doses elevadas ou em combinação com outras drogas depressoras, pode ocorrer depressão respiratória.
  4. Hipotensão arterial, vertigens, cefaleia, náuseas.
  5. Distúrbios do sono, amnésia anterógrada (sobretudo em doses elevadas).
  6. Dependência e abstinência: Uso prolongado em doses altas pode gerar tolerância e sintomas de abstinência quando interrompido abruptamente (convulsões, irritabilidade, insônia, ansiedade).

Em crianças, é comum aumento de secreção salivar e brônquica; atenção especial para manter as vias aéreas livres.


5. Cuidados e Advertências

  • Suspensão gradual: O tratamento não deve ser interrompido abruptamente (risco de crises epilépticas e abstinência).
  • Associação com álcool ou depressores do SNC: Potencializa sedação, depressão respiratória e outros efeitos.
  • Comprometimento hepático grave: Contraindicado (risco de encefalopatia).
  • Insuficiência renal: Ajustar dose e monitorar.
  • Miastenia Gravis ou distúrbios neuromusculares**: Pode agravar fraqueza muscular.
  • Idosos: Maior sensibilidade e risco de quedas.
  • Gestação e lactação: Categoria de risco C. Somente se os benefícios superarem riscos para o feto/bebê.
  • Apneia do sono: Não recomendado em pânico quando há histórico de apneia.

6. Interações Medicamentosas Importantes

  • Outros antiepilépticos (fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, lamotrigina, valproato): Pode haver aumento de efeitos sedativos ou redução de níveis plasmáticos. Ajuste cuidadoso das doses.
  • Inibidores de CYP3A4 (por exemplo, fluconazol) podem elevar os níveis de Clonazepam.
  • Depressores do SNC (opioides, álcool, barbitúricos, etc.): Risco aumentado de sedação e depressão respiratória.
  • Ácido valproico: Pode precipitar crises de pequeno mal quando associado ao Clonazepam.
  • Suco de toranja (grapefruit): Reduz metabolismo de Clonazepam, aumentando sua concentração.

7. Superdose

  • Manifestações: Sedação profunda, confusão, fala arrastada, hipotensão, depressão respiratória, coma.
  • Conduta: Suporte cardiorrespiratório, carvão ativado se recente. O flumazenil (antagonista benzodiazepínico) pode ser usado em casos graves, exceto em pacientes epilépticos (pode desencadear crises).

8. Conclusões

O Clonazepam desempenha um papel importante no controle de diversos tipos de crises epilépticas e no manejo de quadros de ansiedade, pânico, fobias sociais e distúrbios do humor. Devido ao seu perfil de ação no sistema nervoso central, exige:

  1. Supervisão médica rigorosa – ajuste cuidadoso de dose.
  2. Evitar interrupção brusca – risco de abstinência e recrudescimento de crises.
  3. Cautela em grupos especiais (idosos, gestantes, comprometimento hepático/renal).

Quando utilizado adequadamente, pode melhorar significativamente a qualidade de vida de pacientes que sofrem de epilepsia, transtornos de ansiedade e outros quadros psiquiátricos, oferecendo um perfil favorável de segurança e eficácia, desde que respeitadas as contraindicações e precauções

Informação adicional

Peso 0,300 kg
Dimensões 16 × 16 × 16 cm
Quantidade

30 comprimidos de 2mg

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