Ginecomastia
25/03/2022 Por Biomag comprar Off

Ginecomastia: o que é e quais são os tratamentos?

Segundo uma pesquisa do Hospital Santa Virgínia, de São Paulo, cerca de 40% da população brasileira masculina sofre com alteração de tamanho na região das mamas — condição chamada de ginecomastia.

As causas para o problema podem ser diversas, desde o acúmulo de gordura ocasionado pela obesidade até fases da vida como a passagem pela puberdade.

O que é ginecomastia?

A ginecomastia consiste no inchaço ou aumento do tecido mamário nos homens, causado pelo desequilíbrio entre os hormônios testosterona e estrogênio.

A condição pode ser decorrente do aumento das glândulas mamárias (ginecomastia verdadeira), aumento de gordura (ginecomastia falsa) ou aumento de ambas (ginecomastia mista).

O que ocorre é que a falta ou diminuição da produção de testosterona, hormônio que dá as características masculinas, possibilita ao estrogênio exercer maior influência no desenvolvimento de traços femininos, como o crescimento das mamas.

Alguns fatores podem proporcionar essa desregulação hormonal, como alterações do próprio organismo, o uso de certos medicamentos (como antiandrógenos usados ​​para tratar o aumento da próstata) e esteroides anabolizantes.

Além disso, o uso frequente e em excesso de álcool e o consumo de alimentos gordurosos também podem acumular líquido e gordura, favorecendo a ginecomastia.

Geralmente, não há sintomas associados. Mas quando dores e secreções aparecem, a ginecomastia pode ser um indicativo de alterações patológicas, como tumores.

Existem 4 graus da ginecomastia, que podem ser diagnosticados como o grau 1, grau 2A, 2B e grau 3.

O especialista que pode cuidar e indicar o melhor tratamento pode ser o clínico geral, cirurgião plástico, endocrinologista ou mastologista.

Dependendo do grau o tratamento indicado pode ser via oral, com uso de medicamentos, ou pela realização de cirurgia para retirada da gordura mamária.

Há casos também em que nada precisa ser feito, apenas o acompanhamento, pois as mamas voltam a seu estado normal.

A ginecomastia pode ser encontrada na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, o CID-10, pelo código:

O que é ginecomastia puberal?

A ginecomastia puberal é uma condição que ocorre com os meninos que estão entrando na fase da adolescência, em que os hormônios passam a trabalhar mais para o desenvolvimento do corpo.

O que ocorre é que os hormônios podem se desequilibrar, nesse caso o nível de testosterona baixa e o de estrogênio sobe, ocasionando o crescimento nas mamas.

Mas essa condição é revertida, na grande maioria, sem necessidade cirúrgica ou outras terapias, pois com o passar do tempo e da maturação sexual, os hormônios voltam ao normal e as mamas vão aos poucos sumindo.

Apenas em alguns casos, geralmente decorrentes de outras doenças, como a obesidade, pode precisar de intervenções terapêuticas

O que é ginecomastia unilateral?

Caracteriza-se como uma condição da ginecomastia em que há o aumento de apenas uma mama, ficando um lado maior que o outro.

A condição é, em geral, menos comum do que a bilateral (que acomete as duas mamas), mas as causas são as mesmas e envolvem o desequilíbrio hormonal, em que a taxa de testosterona cai e a de estrogênio aumenta.

É possível reverter essa situação sem utilizar medicamentos ou procedimentos cirúrgicos em muitos casos, apenas aguardando com que o corpo se desenvolva e os hormônios passem a agir nas quantidades corretas.

Porém, assim como no caso bilateral, se a situação persistir ou afetar severamente a convivência social do paciente, tratamentos podem ser considerados.

Causas

A ginecomastia pode ser desencadeada devido à diminuição de testosterona em relação ao hormônio estrogênio ou quando o próprio estrogênio aumenta.

Essas alterações podem ocorrer por diferentes motivos, mas geralmente as causas são:

Alterações hormonais devido à idade

Durante o crescimento e desenvolvimento do corpo, os hormônios fazem sua parte cuidando da manutenção nas características femininas e masculinas.

Tanto a mulher quanto o homem possuem os hormônios testosterona e estrogênio. Eles não são exclusivos de apenas um sexo, mas estão presentes em diferentes medidas: no homem, há mais testosterona, e na mulher, mais estrogênio.

Entretanto, em algumas fases da vida, em que há alterações envolvidas, eles podem alterar a quantidade no corpo.

Ao aumentar o estrogênio no corpo masculino, o homem passa a possuir algumas características mais predominantes nas mulheres. Principalmente nas fases:

Recém-nascidos

Quando os bebês nascem seus seios podem ser maiores, devido à influência do estrogênio herdado do período em que ficou no útero da mãe. Mas após cerca de 3 semanas do nascimento, o tecido mamário desaparece.

Puberdade

Na fase da adolescência o corpo apresenta diferentes modificações, é possível que nos meninos ocorra o crescimento do tecido mamário, mas isso ocorre devido ao inchaço que desaparece cerca de seis meses a dois anos até os hormônios se estabilizam.

Terceira idade

Assim como as mulheres sofrem na terceira idade com a chegada da menopausa, os homens sofrem com a andropausa. Em que ocorre a diminuição do hormônio testosterona em relação ao estrogênio, podendo causar o aumento nas mamas.

Certos medicamentos

Alguns medicamentos podem causar efeito colateral nos homens, inchando o tecido mamário e formando a ginecomastia. Entre esses medicamentos estão:

  • Antiandrógenos usados ​​para tratar o aumento da próstata, câncer de próstata etc;
  • Esteroides anabolizantes;
  • Medicamentos para a AIDS;
  • Medicamentos para ansiedade, como o diazepam;
  • Antidepressivos tricíclicos;
  • Antibióticos;
  • Medicamentos de úlcera, como a cimetidina;
  • Medicamentos utilizados em quimioterapia;
  • Medicamentos para o coração;
  • Bloqueadores dos canais de cálcio;
  • Medicamentos de motilidade gastrointestinal, como a metoclopramida.

Doenças e alterações do organismo

Algumas doenças ou condições podem ter, como sintomas ou consequências, o crescimento das mamas nos pacientes homens. Entre elas:

Síndrome de Klinefelter

Esta síndrome ocorre devido a um erro nos genes, logo após a concepção. O homem nasce com um cromossomo X (feminino) a mais, o que proporciona maiores características do corpo da mulher, como o crescimento dos seios.

Hipopituitarismo

O hipopituitarismo é uma condição em que o corpo não consegue produzir um ou mais hormônios suficientes para o funcionamento correto do organismo.

No homem, pode afetar a testosterona, fazendo com que o hormônio estrogênio se sobressaia, ressaltando algumas características femininas, como o aumento das mamas.

Tumores

Quando um tumor se instala em nosso organismo pode apresentar alguns sintomas de onde está localizado, nas mamas, por exemplo, pode aumentar o tamanho conforme seu crescimento.

Cirrose

Um dos fatores da cirrose é o consumo exagerado e a longo prazo de álcool, quando a cirrose se instala no paciente tem como um dos possíveis sintomas o inchaço das mamas.

Hemodiálise

Se o paciente possuir algum problema no rim, e for necessário realizar a hemodiálise pode ocorrer o aumento das mamas. Isso se deve às diferentes formas que os hormônios podem se comportar no corpo do paciente devido à realização do procedimento, que tenta contê-los.

Uso de drogas

Drogas como anfetaminas, maconha, heroína e metadona podem causar a ginecomastia.

Graus da ginecomastia

A ginecomastia pode ser classificada em quatro graus, de acordo com o tipo e crescimento da mama, são eles:

Grau 1

Caracteriza-se como um pequeno aumento da mama, com destaque à região das aréolas, em que não há sobra de pele, mas pode incomodar o paciente quando for utilizar camisas justas e mais marcadas, que podem destacar a região.

Grau 2A

Este grau apresenta um aumento moderado, mas um pouco maior em relação ao grau 1. Nesse caso, também não há sobra de pele, mas se observa que a saliência se inicia no tórax e não apenas no seio.

Grau 2B

No grau 2B, a ginecomastia costuma causar um aumento moderado da mama, com excesso de pele, deixando a saliência mais aparente, mesmo vestido alguma blusa que não fique justa.

Grau 3

Quando ocorre o grau de número 3, há um grande aumento na mama com presença de excesso de pele. Nesse caso, a condição é bem mais aparente que os outros, sendo difícil de disfarçar.

Fatores de risco

Em relação aos fatores de riscos que podem desencadear a ginecomastia, estão:

Início da adolescência

Ao iniciar a adolescência, o organismo sofre várias alterações devido ao desenvolvimento do corpo.

Os hormônios são os responsáveis pela aparição das características femininas ou masculinas. Devido às alterações normais da fase, pode ocorrer a ginecomastia.

Chegada a terceira idade

Quando se chega à terceira idade, nosso corpo reduz a produção de algumas substâncias, entre elas estão os hormônios. Nesse caso, a testosterona reduz e o estrogênio (hormônio feminino) passa a atuar com mais predominância, podendo resultar em um quadro de ginecomastia.

Obesidade ou excesso de peso

O consumo de alimentos em excesso e ricos em gorduras não traz só o aumento de peso,  mas também propicia que os tecidos mamários cresçam gerando a ginecomastia.

Uso de esteroides anabolizantes

O uso de anabolizantes, sobretudo sem orientação médica, ao invés de ajudar pode prejudicar a saúde.

Como os produtos contêm hormônios, o uso irregular pode afetar o equilíbrio do organismo e provocar efeitos colaterais como a ginecomastia.

Doenças hepáticas e renais

A ginecomastia pode ser decorrente de doenças hepáticas (que atingem o fígado) e renais (que atingem o funcionamento dos rins). Por isso, pacientes que têm histórico de alterações do funcionamento dos órgãos fazem parte do grupo de risco.

Consumo excessivo de álcool

O álcool possui muitas calorias, consumindo esse líquido em excesso pode gerar o acúmulo de gordura no organismo. Nesse caso, há apenas um aumento do tecido de gordura nas mamas.

Mas, além disso, o álcool possui substâncias capazes de estimular as alterações hormonais, fazendo com que se desenvolva a ginecomastia.

Mulheres podem ter ginecomastia?

Não. As mulheres também podem ter aumento ou crescimento irregular das mamas, mas a condição recebe outro nome: hipertrofia mamária.

Os problemas nas mamas das mulheres podem ser causados por diversos fatores, como diabetes, gravidez, menopausa, hereditariedade, lordose lombar ou patologias.

A hipertrofia mamária pode ser classificada em até 4 graus, que variam pelo tamanho e peso das mamas em cada mulher.

Sintomas

O aumento das mamas, em geral, não afeta o funcionamento do organismo e tende a não provocar outros sintomas, além do característico aumento mamário.

Assim, nota-se que a mama ou o peito está de um tamanho maior que o normal, como se estivesse inchado.

Porém, em alguns casos podem ocorrer:

Sensibilidade nas mamas

Normalmente o homem não sente dor na mama ou o peito sensível, exceto em situações de práticas de atividades físicas de impacto.

Aréola assimétrica

Devido ao crescimento mamário, pode ocorrer a alteração da aréola (parte pigmentada que rodeia o mamilo). Assim, o formato arredondado pode tornar-se assimétrico, da mesma forma que podem ocorrer alterações de tamanho.

Secreção mamilar

A secreção mamilar é um fato preocupante. Quando ela surge nos homens, é preciso consultar um médico para avaliar as causas, sendo que geralmente está associada a doenças ou alterações do organismo.

Coceira

Sentir muita coceira no peito, principalmente nos mamilos é um dos sintomas que podem acompanhar a alteração mamária.

Como é feito o diagnóstico?

Para realizar o diagnóstico os profissionais indicados podem ser um clínico geral, cirurgião plástico, endocrinologista ou mastologista.

Esses quatro profissionais são aptos a fazer o diagnóstico e, para isso, eles poderão fazer perguntas sobre seu histórico familiar, se por acaso houve casos em alguém próximo a você.

O profissional ainda pode solicitar exames como:

Exames de sangue

O exame de sangue ajuda a medir o nível dos hormônios no organismo do paciente, para saber se estão alterados. A solicitação do exame pode incluir a avaliação das seguintes taxas hormonais:

Além disso, podem ser solicitadas análises da função renal e função hepática.

A realização deste exame consiste na retirada de uma amostra de sangue, com o paciente em jejum. Após a retirada, a amostra é enviada a um laboratório para análise.

Os resultados auxiliam na investigação das possíveis causas da ginecomastia.

Mamografias

A mamografia pode diagnosticar se a ginecomastia foi causada por algum tumor, lesões, cistos ou quando o paciente apresenta muita dor na mama.

Esse exame pode ser feito de duas maneiras, a primeira é utilizando um tipo de raio-x, em que a mama é exposta ao raio e é gerado uma imagem que será armazenada em um filme para depois ser analisado.

A segunda maneira é quando a mama é exposta a um raio-x que produz um sinal elétrico e o transmite a um computador, para a análise.

Tomografia computadorizada

Pode ser indicado o exame de tomografia computadorizada, para conseguir detalhar melhor o que pode ter causado a ginecomastia em casos mais difíceis de diagnóstico. A tomografia consiste em um exame do tipo raio-x, em que o paciente deita-se em uma maca.

Essa maca móvel é transportada para dentro de uma espécie de cabine, em formato de cilindro. Enquanto o paciente permanece deitado, o cilindro possui raio-x que vai produzindo imagens internas do corpo.

Biópsia tecidual

A realização de uma biópsia tecidual vai poder avaliar a saúde do tecido da mama e identificar a causa em maior profundidade.

Dependendo do caso, a biópsia precisa ser realizada com o paciente sedado para isso é necessária a internação.

Após o paciente ser sedado, o médico retira uma parte do tecido corporal no local onde se apresenta o problema, esse tecido vivo é armazenado e enviado a um laboratório para análise.

Em geral, a biópsia é solicitada quando há suspeitas de câncer ou tumores.

Tem cura?

Sim. A ginecomastia, muitas vezes, regride espontaneamente e não necessita de intervenção terapêutica. Porém, quando necessário, há procedimentos capazes de reverter o quadro, como medicamentos e a realização de cirurgia.

Qual o tratamento indicado para ginecomastia?

Em alguns casos, como na adolescência e na terceira idade, não é preciso a realização de cirurgia. Mas, quando é necessário realizar o tratamento com intervenção cirúrgica, existem duas opções: a mastectomia e a lipoaspiração. O médico irá determinar o melhor procedimento com base no caso:

Medicamentos

Em alguns casos, pode ser indicada a terapia medicamentosa, visando controlar as alterações hormonais ou parar a progressão do quadro. Os medicamentos devem sempre ser usados com um acompanhamento intenso do médico.

Cirurgia

Quando não há reversão do quadro ou as mamas continuam se desenvolvendo por um período superior a 18 meses, a cirurgia pode ser indicada.

Em geral, o procedimento pode ser feito para a retirada das camadas de gordura em excesso, das glândulas mamárias ou de ambas (chamada de cirurgia mista).

Medicamentos para ginecomastia

Em alguns casos, os medicamentos podem ser utilizados para auxiliar na redução das mamas, mas quando não se obtém o resultado satisfatório, o indicado são as cirurgias. Os medicamentos que podem ser utilizados no tratamento da ginecomastia são:

Androgênios (repositores de testosterona)

Como a ginecomastia ocorre devido ao hormônio feminino estrogênio, pode-se utilizar repositores de testosterona e danazol para auxiliar no trabalho de redução das mamas. É indicado utilizar esses medicamentos em pacientes idosos, com níveis muito baixos de testosterona.

  • Testosterona (Androgel, Deposteron, Axeron);
  • Danazol (Ladogal).

Antiestrógenos

Utilizados no combate ao câncer de mama, os antiestrógenos agem bloqueando o hormônio estrogênio. Em alguns casos, são utilizados na diminuição de ginecomastia, proporcionando uma melhora substancial desse quadro.

  • Citrato de Tamoxifeno (Festone, Novaldex, Taxofen);
  • Citrato de Clomifeno (Clomid, Indux, Serophene).

Inibidores da aromatase

Os inibidores da aromatase são medicamentos responsáveis por agir na redução do nível de estrogênio, hormônio responsável pelo aumento das mamas nos homens.

  • Anastrozol (Arimidex, Arazabi, Anastrozol);
  • Exemestano (Aromasin);
  • Letrozol (Femara, Letrozol).

Como é a cirurgia para ginecomastia?

O tipo de cirurgia vai ser determinado pela causa da ginecomastia — se por excesso de gordura, glândulas ou pelos dois.

Em alguns casos, é necessário realizar também cirurgias de excisão, para corrigir problemas nas aréolas e nos mamilos.

Independente da escolha cirúrgica pelo médico, esses procedimentos podem deixar pequenas cicatrizes, mas o pós-operatório tende a ser tranquilo.

Mas alguns cuidados pré-operatórios precisam ser realizados.

O médico responsável pode solicitar alguns exames, como de sangue. Além disso, às vezes a perda de peso também pode ser solicitada a paciente.

Ao chegar o momento da operação, poderá ser necessário a aplicação de anestesia local  com sedação ou geral.

É normal sentir o peito dolorido e inchado, mas junto com as medicações recomendadas é possível controlar esses desconfortos.

A cirurgia dura em torno de 1 hora e pode ser necessário que o paciente permaneça entre  8 a 12 horas sob supervisão médica após realização.

Ao receber alta, é recomendado repouso absoluto, podendo voltar gradualmente às atividades cotidianas após 1 a 2 dias, mas é necessário evitar qualquer esforço físico por pelo menos 30 dias.

Entre as opções cirúrgicas estão:

Mastectomia

Este tipo de cirurgia é conhecido por retirar tumores de câncer de mama nas mulheres, mas a mesma técnica pode ser utilizada para retirar o tecido das glândulas mamárias masculina. São realizadas pequenos cortes em volta da aréola, por ali é retirado o tecido que causa o aumento das mamas.

Lipoaspiração

A lipoaspiração é um método que consiste na aspiração da gordura por meio de um aparelho parecido com um cano, bem pequeno. Esse cano suga toda a gordura que resultou no aumento da mama, após a cirurgia pode ficar pequenas cicatrizes no peito devido ao processo.

Preço: quanto custa a cirurgia de ginecomastia?

Os valores de uma cirurgia de ginecomastia variam muito, começando pelo grau da doença e tipo cirúrgico. Ou seja, se é uma lipoaspiração ou retirada de glândula (cada um desses processos varia o custo).

No geral, as cirurgias podem começar por R$ 3.500, podendo chegar até R$ 17.000.

O ideal é consultar o cirurgião plástico da sua região, sobre qual tipo de cirurgia precisa ser realizada no seu caso e depois pesquisar os valores nas clínicas e hospitais. Há casos em que os planos de saúde particulares podem cobrir o custo.

Convivendo

É possível conviver com casos de ginecomastia adquirindo alguns cuidados, são eles:

Evite ou restrinja o uso de medicamentos que podem causar ginecomastia

Medicamentos como anti-hipertensivos, drogas que tratam gastrite, insuficiência cardíaca e infertilidade masculina podem ter como efeito colateral o desenvolvimento de ginecomastia.

Fique atento a bula e se notar alguma diferença em seu corpo, comunique ao médico e evite o uso do medicamento.

Cuide das doenças associadas

Algumas doenças podem provocar involuntariamente o surgimento da ginecomastia, para evitar um caso deste é preciso cuidar do tratamento da condição.

As mais comuns que ocasionam o aumento das mamas são: cirrose hepática, hipotireoidismo, hipogonadismo, alguns tumores como nos testículos, fígado e pulmões.

Mude hábitos alimentares

Consumir muitos alimentos ricos em gordura propicia a formação do tecido que pode desenvolver a ginecomastia.

Evite comer em excesso esses alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas, para não gerar acúmulo de líquidos e inchaço que podem facilitar o acúmulo de tecido adiposo nas mamas.

Prognóstico

O prognóstico da ginecomastia é positivo na grande maioria dos casos. Tomando os cuidados pós-cirúrgicos certos, as mamas tendem a retornar ao normal sem apresentar danos. Em casos como puberdade, a ginecomastia tende a regredir espontaneamente com o passar do tempo.

Complicações

A ginecomastia, em si, não causa nenhum dano ao paciente, quando não está associada a patologias, como câncer. Porém, são as intervenções cirúrgicas as mais relacionadas às complicações.

Apesar de raramente ocorrerem, podem causar:

  • Cicatrizes;
  • Sangramento (hematoma);
  • Infecção;
  • Má cicatrização;
  • Alterações de sensibilidade na mama ou no mamilo;
  • Acúmulo de líquido;
  • Contorno e forma irregulares do mamilo;
  • Alterações da pigmentação;
  • Inchaço;
  • Danos em estruturas mais profundas como nervos e vasos sanguíneos;
  • Alergias a materiais de sutura, utilizados em cirurgias;
  • Assimetria de mama;
  • Necrose do tecido adiposo;
  • Complicações cardíacas e pulmonares;
  • Dor que pode perdurar;
  • Necessidade de novo procedimento cirúrgico (retoque).

Para os pacientes que não se submete aos procedimentos cirúrgicos e não tratam a ginecomastia, pode ocasionar complicações como:

  • Problemas de sociabilidade;
  • Autoestima baixa;
  • Problemas emocionais.

Como prevenir?

É possível prevenir casos de ginecomastia com alguns cuidados, como:

Evitar alimentos com gorduras

Quando consumimos alimentos com muitas gorduras estimulamos o aumento do tecido adiposo no organismo, que estimula a ação de uma enzima chamada aromatase. Ela está relacionada à conversão de testosterona em estrogênio (hormônio feminino), podendo favorecer a ginecomastia.

Diminuir o consumo de álcool e outras drogas

Assim como ocorre com a gordura dos alimentos, o álcool possui muitas calorias que vão gerando o acúmulo de gordura no organismo. Isso estimula a enzima aromatase, que converte a testosterona em estrogênio, propiciando as características femininas.

Além disso, o álcool em excesso compromete as funções do fígado, causando desequilíbrio que pode gerar o aumento das mamas.

Além disso, algumas drogas, como a maconha e a heroína, quando entram em nosso organismo produzem ação similar ao hormônio estrogênio, o que prejudica a produção de testosterona, propiciando o crescimento da mama.

Cuidar do tratamento de doenças associadas

Quando o paciente possui outra doença, como tumor pulmonar ou testicular, hipotireoidismo, derrame, tuberculose ou insuficiência renal, precisa estar sempre atento no cuidado com a saúde.

Essas outras patologias ou alterações podem desregular o funcionamento dos hormônios e produzir o aumento do tecido mamário.

Não consumir suplementos nutricionais sem orientação

Os suplementos, sobretudo voltados ao ganho de massa muscular, podem estimular as alterações hormonais. Por isso, a utilização só deve ser feito sob orientação médica e nutricional.

Perguntas frequentes

A ginecomastia na adolescência é normal?

Sim, durante a adolescência é normal ocorrer o aumento da mama nos meninos. Em geral, a condição se normaliza sem a necessidade de tratamentos ou intervenções.

O aumento das mamas no homem é sempre bilateral ou existe ginecomastia unilateral?

Existe ginecomastia unilateral. A maior parte dos casos ocorre nas duas mamas (bilateral), mas alguns pacientes podem apresentar aumento mamário em somente um lado. O tratamento e as condutas são semelhantes.

Existe remédio para a ginecomastia?

Em alguns casos, podem ser utilizados medicamentos para tentar controlar as alterações hormonais. Mas, na maior parte das vezes, se for necessária a intervenção clínica, o tratamento preferencial é a cirurgia.

Ginecomastia diminui com academia?

Em geral, não. Alguns casos, quando as mamas são aumentadas pela gordura corporal, os exercícios podem auxiliar na redução se houver um emagrecimento em geral.

No entanto, exercícios de musculação podem favorecer o desenvolvimento muscular do peitoral, mantendo ou até aumentando a saliência mamária.

A ginecomastia pode voltar depois da cirurgia?

É incomum, mas pode ocorrer. Principalmente em casos que o paciente ganha muito peso após meses da realização da cirurgia ou, também, se ele apresentar algum distúrbio que possa propiciar o aumento das mamas novamente, como problemas hormonais e metabólicos.

A ginecomastia é uma doença que pode afetar os homens em diferentes fases da vida, relacionada às alterações hormonais. Apesar de não haver complicações ou sintomas graves, capazes de comprometer a saúde do paciente, a condição pode trazer prejuízos sociais.