Convulsão
07/06/2025 Por Biomag comprar 0

Convulsão: O Que É, Causas, Sintomas e Tratamentos

A convulsão é um distúrbio neurológico caracterizado por uma atividade elétrica anormal no cérebro, que leva a alterações físicas, comportamentais ou sensoriais temporárias. Esses episódios podem variar de forma leve, como um breve estado de ausência, até manifestações mais intensas com perda de consciência e movimentos corporais involuntários.

O que é uma convulsão?

Uma convulsão é uma descarga elétrica súbita e desorganizada dos neurônios cerebrais. Dependendo da área do cérebro afetada, os sintomas podem incluir tremores musculares, perda de consciência, comportamentos anormais ou confusão mental.

Embora comumente associada à epilepsia, a convulsão pode ocorrer isoladamente e por diversas outras causas. Um episódio único não significa que a pessoa é epiléptica, mas requer investigação médica.

Principais causas

As convulsões podem ser provocadas por diversos fatores, entre eles:

  • Epilepsia: condição crônica que leva a convulsões recorrentes.
  • Febre alta (convulsão febril): mais comum em crianças pequenas.
  • Traumatismo craniano: lesões cerebrais podem desencadear crises.
  • Infecções no cérebro: como meningite ou encefalite.
  • Tumores cerebrais.
  • Drogas ou abstinência de substâncias (álcool, medicamentos).
  • Alterações metabólicas: hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), hipocalcemia (nível baixo de cálcio) ou distúrbios hepáticos e renais.
  • Acidente vascular cerebral (AVC).

Tipos de convulsão

As convulsões são divididas em dois grandes grupos:

1. Convulsões parciais (ou focais)

Afetam apenas uma parte do cérebro. Podem ser simples (sem perda de consciência) ou complexas (com alteração do nível de consciência).

2. Convulsões generalizadas

Envolvem todo o cérebro e podem incluir:

  • Tônico-clônicas (grande mal): movimentos vigorosos dos músculos, perda de consciência e rigidez.
  • Ausência (pequeno mal): episódios breves de “desligamento” do ambiente, comuns em crianças.
  • Mioclônicas: espasmos rápidos e breves de grupos musculares.
  • Tônicas: rigidez muscular repentina.
  • Atônicas: perda repentina do tônus muscular, com risco de quedas.

Sintomas de uma convulsão

Os sinais variam conforme o tipo de crise, mas incluem:

  • Perda de consciência
  • Tremores ou espasmos musculares
  • Olhar fixo
  • Confusão mental
  • Mordida da língua
  • Perda de controle urinário
  • Respiração irregular
  • Sonolência ou confusão após a crise (período chamado de pós-ictal)

O que fazer durante uma convulsão

Saber agir corretamente durante uma convulsão pode evitar complicações. Veja o que fazer:

Passos recomendados:

  1. Mantenha a calma.
  2. Afaste objetos que possam ferir a pessoa.
  3. Coloque-a de lado, para evitar sufocamento com a saliva.
  4. Proteja a cabeça com um travesseiro ou peça de roupa.
  5. Cronometre a duração da crise.
  6. Fique com a pessoa até que recupere totalmente a consciência.

Evite:

  • Tentar segurar os movimentos.
  • Colocar objetos na boca (risco de asfixia).
  • Dar líquidos ou medicamentos durante a crise.

Procure ajuda médica imediatamente se:

  • A crise durar mais de 5 minutos.
  • A pessoa não recuperar a consciência.
  • Houver trauma ou lesão.
  • A pessoa estiver grávida, for diabética ou for a primeira convulsão.

Diagnóstico

O diagnóstico envolve avaliação médica, exame clínico e histórico detalhado do episódio. Exames complementares incluem:

  • Eletroencefalograma (EEG): registra a atividade elétrica cerebral.
  • Ressonância magnética ou tomografia computadorizada: identifica possíveis alterações estruturais no cérebro.
  • Exames de sangue: detectam infecções, distúrbios metabólicos ou uso de substâncias.

Tratamento

O tratamento depende da causa da convulsão. Em casos de epilepsia, o controle das crises é feito com medicamentos anticonvulsivantes, como:

  • Fenitoína
  • Carbamazepina
  • Ácido valproico
  • Levetiracetam
  • Lamotrigina

Quando há resistência aos medicamentos, podem ser indicados outros recursos, como cirurgia, dieta cetogênica (em crianças), ou implante de dispositivos estimuladores cerebrais.

Convulsão em crianças

As convulsões febris são comuns entre 6 meses e 5 anos, geralmente benignas. Mesmo assim, é importante consultar o pediatra para acompanhamento. A maioria das crianças com convulsão febril não desenvolve epilepsia.

Prognóstico e prevenção

A maioria das pessoas que sofre uma convulsão única não terá outro episódio. No entanto, quando as convulsões são recorrentes, é possível controlar com tratamento adequado e acompanhamento médico.

Algumas formas de prevenção incluem:

  • Evitar consumo excessivo de álcool ou drogas.
  • Tratar infecções precocemente.
  • Monitorar febres altas em crianças.
  • Cumprir o tratamento médico prescrito, sem interrupções.

Considerações finais

Convulsões podem ser assustadoras, mas com informação e suporte médico adequado, é possível controlar a maioria dos casos e manter qualidade de vida. Identificar a causa e seguir o tratamento é essencial para prevenir novos episódios e complicações.